sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O Senado Eterno

Olá Jovens, Retomando nossas postagens sobre a campanha de vampiro classic ages, hoje falaremos sobre a instituição que "criou" as leis básicas da camarilla: as Tradições.

 A estrutura de governo dos membros de Roma conhecida como Senado Eterno é a primeira grande organização de vampiros de diversos clãs no mundo ocidental. Nas distantes noites da Mesopotâmia e Egito, poderosos anciãos compartilharam um mesmo território, porém para a Europa se trata de um fenômeno novo, e desde cedo muito mais desenvolvido e refinado que os acordos e alianças pessoais entre vampiros dos antigos impérios. O senado Eterno, a grande pena, é uma assembleia de ordem e estabilidade, que proporciona proteção e benefícios a seus integrantes, aos outros são oferecidos uma simples escolha: aceitar esta ordem ou ser destruído. O Senado Eterno também fomenta a cooperação entre os membros, permitindo que eles se protejam com mais facilidade... e estar mais perto de seus inimigos.

Funcionamento do Senado Eterno

No princípio, cada vampiro com um domínio reconhecido por Roma tinha direito a tomada de decisões, estes territórios são em número de 60. Não se trata apenas de domínios geográficos, mas também de fortunas materiais e cultos. Hoje as coisas funcionam um pouco diferentes, após a criação do Senado Eterno. Se um vampiro quer um assento no Senado Eterno, ele deve se apresentar ao Triunvirato, que é representado por um membro de cada clã Optimate (Lasombra, Malkavian, Ventrue), liderado pelo então príncipe de Roma: Collat, esta petição será ou não aprovada, em função de haver ou não uma vaga principalmente. Muitas complicações estão envolvidas com estas petições, como da concorrência normal entre a posse dos domínios complicados pela prática de assumir outros clientes de outros membros, passando a deter seus votos, ou em tempos de crise, com a venda ou leilão do domínio, ou até mesmo da disputa física pelas vagas no Senado Eterno e pelos Domínios.

O Senado Eterno é o órgão legislador dos membros de Roma. Em cada sessão, celebrada uma vês a cada lunação, ou em uma situação crítica, se atendem petições e solucionam disputas seguindo a ordem da noite. Além da supervisão no cumprimento das leis, os membros Romanos também podem decidir unificar os recursos disponíveis para levar a cabo um projeto conjunto, como ocorre com as várias guerras que Roma trava com membros Gregos, a admissão de um membro numa magistratura não é restrita ao seu nascimento ou idade.

Claro, este ideal de ordem é alterada em tempos de crise, quando a Assembleia se reúne de forma irregular. Muito raramente todos os Magistrados assistem as sessões, salvo que se realize uma votação que afete seu clã, ou seus interesses pessoais diretamente, e o obriguem a assisti-la.

As Tradições do Senado Eterno

As tradições do Senado Eterno, também conhecida como as leis de Collat, construíram uma intrínseca rede de estruturas e obrigações. Provavelmente Collat se baseou nas leis de sua Mater Tinia, que eram estabelecidas em seus domínios. Ao que parece, estas leis também são tomadas por vampiros do Egito e do Oriente Médio.

Nas assembleias periódicas do Senado Eterno apenas os clãs Optimate têm voz e decisão. Os demais membros não podem interferir nos assuntos judiciais. Todas as infrações ou disputas entre os clãs são resolvidas por um grupo de juízes formados por um delegado de cada clã Optimate. Estes três juízes são conhecidos coletivamente como Quaesitori. Em ocasiões o Senado envia um Quaesitor para investigar um caso assessorado por um grupo de vampiros ajudantes, ou por um grupo de carniçais humanos. Este membro é comumente chamado de Inquisitor e seus ajudantes, Ediles.

A Primeira Tradição: Domínio
Todo território que pertence a Roma, também pertence ao Senado Eterno. O Senado Eterno determina as divisões de domínio. Um vampiro que nega obediência ao Senado, renuncia ao seu direito ao Sangue.

 
Esta tradição foi a primeira de todas e possivelmente iniciou-se na cidade de Roma, com Collat, e se espalhou pelas províncias da república Romana. Na realidade o cumprimento desta Tradição depende da extensão da influência do Senado Eterno, sendo aplicada em tempos de crise severamente.

A Segunda Tradição: Triunvirato
Os Três Triunviros simbolizam o governo de Roma. Apenas os três têm poder e voz para criar ou anular Tradições. Também é responsabilidade dos Três fazer ouvidos as preocupações dos populares.

 
No princípio esta tradição se referia aos representantes dos clãs Optimates: Lasombra, Malkavian, e Ventrue. Quando Collat se autoproclamou Príncipe, seu voto e decisão adquiriram peso, despertando a ira e conspiração de seus companheiros.

Um erro bastante frequente em assumir que os Triunvirus são os líderes das Magistraturas, porém esta condição se aplica apenas a Collat, representante do Clã Ventrue e líder da Magistratura do Clã na Cidade Eterna.

A terceira Tradição: Destruição
Nenhum vampiro será condenado a Morte Final sem a sentença expressa e legal emitida pelo Senado Eterno. Todos os cidadãos estão obrigados a defender a Cidade e ao Senado Eterno.

 
Legalmente, apenas as mortes sancionadas pelo Senado Eterno são admissíveis, uma Tradição destinada a manter os conflitos entre os vampiros no mínimo. Extraoficialmente, nos momentos de crise, esta Tradição pode ser violada. Qualquer infrator pode ser castigado com a Morte Final, ou com uma compensação através de um castigo menor, em função das circunstâncias.

A Quarta Tradição: Progênie
Apenas os Triunviros são livres para conceder o Dom Obscuro. Optimates e Populares devem pedir permissão para o Senado Eterno. Qualquer neófito não autorizado pode ser destruído e seu Pater/Mater Punido.

 
Esta tradição foi sancionada por Tinia antes de seu torpor em 500 a.C., tanto para controlar o número de membros criados, quanto para utilizar como uma maneira de controlar o poder. Supõe-se que um Pater/Mater pode destruir um Filius que se mostra indigno, e alguns vampiros utilizaram deste costume como justificação para a Terceira Tradição. Quando se aplica um castigo a um membro romano, normalmente recorre-se a seu Pater/Mater como executor.

A Quinta Tradição: Deuses
Os Triunvirus representam aos deuses e por tanto governamos mortos em seus nomes. Eles devem ser reverenciados como Deuses, pois seria provocar a ira dos Deuses que estes os representam.

 
Alguns membros creem que esta Tradição é realmente a mais antiga, e que originalmente se referia à Tinia, que havia criado um culto em torno de sua figura. Além de outros que acreditam ser mais antigas.

As magistraturas do Senado Eterno

O Senado Eterno é uma estrutura grande e complexa, desenhada para abraçar todos os elementos da sociedade civilizada dos vampiros. Oficialmente o Senado Eterno está formado por Quatro Magistraturas, em que apenas três possuem poder de decisão visível. Formada em suas origens em torno a poderosas figuras individuais, nenhuma tem um poder fixo, sendo que são divididos em facções políticas que defendem determinados ideais e interesses que dividem os trabalhos do governo para evitar que apenas uma facção acabe adquirindo poder sobre as demais. Claro que este mecanismo de controle não é de todo perfeito. Na prática, alguns membros consideram saudável a competição interna entre as facções, pois várias vezes o sistema é afetado por crises e corrupção.

Cada Magistratura está estabelecida em torno das "Vias" que são pensamentos ideológicos que são compartilhados e seguidos por seus membros. Não o bastante, dentro de cada Via existem algumas interpretações ligeiramente divergentes, porém aceitas, que ocasionalmente formam facções dentro das facções. Por outra parte as Magistraturas de Augure, Magistri e Patrícios são exclusivas dos clãs Optimates (Lasombra, Malkavian, e Ventrue), salvo em raras ocasiões de "adoção" dos clãs clientes, que são aceitos em posições menores. A Magistratura dos Populares foi criada exclusivamente para os clãs Clientes (Cappadocios, Gangrel, e Toreador), apesar que de vez em quando um Optimate recebe-a quando cai em desgraça. Por último, os Peregrini, que não são uma verdadeira Magistratura, mas sim uma classe formada por clãs estrangeiros que não possuem direitos dentro da estrutura do Senado Eterno. Quando algum deles realiza um serviço excepcional ao serviço do Senado Eterno, ele ascende à Magistratura dos Populares. Cada vampiro termina encontrando seu lugar em uma das Magistraturas.

As Magistraturas do Senado Eterno são as seguintes: Augures, Magistri e Patrícios, formados pelos Optimate, dos clãs Lasombra, Malkavian e Ventrue respectivamente, a Magistratura dos Populares, formada pelos Cappadocios, Gangrel, e Toreador. Por último estão os Peregrini, os vampiros estrangeiros que residem na cidade.

Os Augures, seguidores da Via Luminitatis. Considerada a Magistratura mais Débil e Instável. As outras Magistraturas recorrem frequentemente a eles quando em busca de conselhos, já que em suas fileiras se encontram os mais numerosos videntes e sábios. Foi criada pelos Malkavians durante a expansão da Repúplica junto com Collat.

Os Magistri, seguidores da Via Regalis. Nas suas origens esta Magistratura foi formada pelos Lasombra e Ventrue com inclinações mais militares, muitos deles veteranos de guerras e das expansões pela Itália, ao que com o passar do tempo foi adquirindo um cunho cada vez mais político.

Os Patrícios, Seguidores da Via Desideratio, são a Magistratura mais prestigiada, que foi criada pelo próprio Collat, que além de ocupar sua liderança, é o único membro do Triunvirato que é Magistrado. Por ser um dos criadores da Via e dispor de um grande prestígio pessoal para muitos é sua comparação ao seu poder político entre os membros de Roma. Em sua origem foi uma Magistratura com inclinações mais políticas, porém com o passar do tempo estendeu sua influência no âmbito militar. Desde o princípio é formada por membros do clã Lasombra, Malkavian e Ventrue.

Os Populares, que à princípio foi uma Magistratura criada para os clãs Clientes (Cappadocios, Gangrel, e Toreator), terminou por se converter um uma classe para todos os vampiros que não se encaixam nas demais Magistraturas. Seus membros seguem a Via Humanitatis, apesar de também conter membros de outras Vias. Representam a classe "baixa" da estirpe Romana, e são a magistratura mais numerosa. Só estão representados no Senado Eterno através da figura do Tribuno(s). De vez em quando algum dos Populares são aceitos nas Magistraturas dos Optimates, porém não se trata de um fenômeno frequente.

Os Peregrini são os residentes de Roma que não pertencem aos clãs aceitos na cidade, que são aceitos pela boa vontade do Senado Eterno, ou porque desempenham funções úteis à Roma. Com o tempo alguns podem ser "adotados" pela Magistratura dos Populares, mas se trata de um fato não frequente. Em teoria qualquer vampiro estrangeiro que seja descoberto na cidade sem apresentação ou aprovação expressa do Senado pode ser destruído.

Fora de Roma

A divisão das Magistraturas, vigentes em Roma e em outros domínios da República não é um fenômeno universal. A medida que a República cresce e se estende pela Itália, os modelos sociais de Roma são aceitos por aliados e tributários e outros vampiros não Optimates que mantiveram suas próprias instituições em seus domínios. Alguns criaram seus próprios Triunviratos ou simplesmente, devido ao tamanho de seus domínios governam de forma pessoal já que não necessitam de maior complexidade. Brijah, Ventrue e Nosferatu na Palestina, Lasombra no norte da África, Toreador na Grécia, Gangrels ao norte de Roma. Quem se alia com o poder de Roma se encontra com um poderoso apoio.

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