quinta-feira, 24 de novembro de 2016


História de Personagem


Marco Adamatti

- Sim sou um italiano, e eu sei o que você está pensando: “Como ele veio parar aqui”

Bom, relaxe e tomemos mais uma dose afinal você também é italiano, não é? Um brinde a velha pátria.

Já que tocou no assunto vou te contar minha história. 

Nasci em uma vizinhança muito boa em Palermo, apesar da pobreza do lugar, minha querida Mamma Giovana Adamatti era uma grande mulher e se sacrificou muito para me dar ao menos o que comer, meu pai? Bom esta é uma história também muito interessante, meu pai era um Capo, O que é um capo? Por deus homem! Digamos que o capo é o “gerente” da máfia, o gerente mais baixo por assim dizer, mais ainda assim um gerente.

Ele trabalhava nas muitas empreitadas de Don Giuliiano era quase um homem importante e ao mesmo tempo não era nada, o seu nome era Francesco Adamatti conhecido como Stilleto uma espécie de Canivete italiano, eles têm desses apelidos.

Enfim quando Pappa era vivo éramos uma grande família feliz tínhamos comida, dinheiro e proteção, ele era muito respeitado pelo bairro por gerenciar negócios que ajudavam e bastante as pobres almas daquele lugar, lembro-me de receber muitos brinquedos do meu pai, ele não era ausente, e quase sempre ele me ensinava uma lição de vida, a nossa grande Famigllia era unida e todo final de semana sempre um grande banquete era feito em minha casa, minha mãe não se preocupava com nada além das tortas deliciosas que fazia, porém nem tudo são flores.

Antes de Pappa ser morto injustamente ele me disse: “Filho mio Ascolta bene, durante toda vida trabalhe duro, para que no final dela possas então descansar sabendo de que fez tudo que pode” parece que o velho sabia que o Don desconfiava dele, com meus doze anos vi meu pai ser morto por um dos caras que ele considerava seu melhor amigo, o Don deixou eu e minha mãe vivermos por consideração a família, diziam que meu pai era um traidor e eu sabia que ele não era, não tínhamos mais nada, minha mãe e eu fomos morar com o restante da família e tivemos abrigo nas casas de meus avós, minha avó tinha uma boa renda familiar e nos ajudou no que podíamos, estudei em escolas boas e ao chegar delas ajudava meus primos nos vinhedos da família foi uma das poucas
épocas em que as festas da família pareciam tão iguais quanto as dadas em minha casa, eu era um garoto muito bom na escola, tirava ótimas notas, por meu bom desempenho era surrado e insultado pelos meninos maiores que zombavam de mim me chamando de “sem pai”.

.Aqueles bastardinhos conseguiam ser bem irritantes, foi uma droga de ensino fundamental, que só veio melhorar no ensino médio quando comecei a tomar conta dos vinhedos no lugar de meu avô que botou confiança em mim já que meus primos tinham ido estudar nos estados unidos.

Os vinhedos eram bons sabe! Mas não era meu caminho, eu percebia ali que eu queria mais, nessa época não me interessei em fazer amigos ou ter namoradas, meu objetivo era vingar meu pai, e eu não podia deixar que minha mãe continuasse dependendo da família, eu sabia que ela odiava aquela situação e apesar do dinheiro que ganhávamos nos vinhedos da família darem para sustentar a casa, não era o tipo de vida que minha mãe estava acostumada, então.... Como vocês dizem aqui? “A sorte sorriu para mim”. Ao fazer uma das muitas entregas no cais dos materiais do vinhedo, vinha voltando com um pouco de dinheiro e parei para comer alguma coisa, ao sair ouvi uma mulher gritar num beco próximo, corri para tentar ajudar e encontrei nada mais nada menos que uma bela menina sendo intimidada por dois rapagões que tinham o dobro de seu tamanho, ora, eu nunca fui muito bom em lutar mas sempre fui muito inteligente, joguei uma pedra na cabeça de um e enquanto eles vinham atrás de mim a garota correu, eu consegui despistar eles e me direcionei para minha casa.

O destino é engraçado, no outro dia durante o café, estava lendo, quando alguém bate na porta, minha mãe foi abrir e eu de curiosidade fui ver quem poderia ser, de longe observei a mesma linda garota que ajudei no dia anterior, como ela me encontrou? Porque ela fez isso? Eu não sei, só sei que seu pai não era nada menos que Don Gianino Caspatii, um dos grandes chefões que detinham poder em Palermo, e por coincidência inimigo jurado do antigo chefe de meu pai, Ao saber da covardia acometida contra nós, e pela tentativa de ajudar sua filha Giulia sem ao menos conhecer ela, ele me disse para aparecer em sua casa no outro dia para que eu começasse a trabalhar com ele. 

Minha mãe ficou assustada, assentiu com a cabeça mas não me disse nada, ela não queria que eu tivesse o mesmo fim que meu pai, porém eu ouvi a conversa, o desejo de tentar ganhar mais era superior ao medo de morrer, e escondido de minha mãe comecei a fazer alguns serviços para o Don, não eram tantos no começo então eu conseguia conciliar o trabalho em ambos os lugares, porém o que no começo eram pequenas encomendas, ou recados foi se tornando serviço pesado, e eu não podia mais mentir pra minha mãe, ela teve um treco quando soube, e acho que até o dia de sua morte nunca conseguiu aceitar de bom grado o caminho que tomei, os laços com a família começaram a crescer mesmo eu sendo um simples “Soldado” da máfia, eu e Giulia começamos a ter um relacionamento muito próximo se é que você me entende, o velho descobriu tudo e me obrigou a casar sob pena de me mandar dormir com os peixes, enfim acabei escolhendo o menor dos problemas, eu e Giulia nunca tivemos desentendimentos, como cunhado obrigado do velho e um dos seus homens de maior confiança, ele arrumou um bom lugar para minha mãe ficar, comprei uma casa no mesmo bairro que minha mãe e assim fui seguindo minha vida, eu era muito novo nessa época 24 anos, e já tinha visto coisas que poucos tinham visto.

Pelo tempo que meus avós nos ajudaram sempre enviava um dinheirinho para eles como forma de agradecimento, eu e minha mãe sempre estávamos presentes, e agora Giulia esperava a nossa primeira filha Antonella o velho percebeu que eu ainda não tinha nenhum curso superior, como ele mesmo disse “Eu não podia ser nada além de um capo se continuasse medíocre” foi ai que ele uniu o útil ao agradável, ele sabia que eu tinha muita vontade de ir para os EUA afinal meus primos sempre me diziam que aqui era a terra das oportunidades, não podia ir quando criança e quando cresci me comprometi com algo que me prendia na minha terra natal, o velho sabia que meus primos me escreviam e então ele me propôs cuidar de uns negócios aqui em NY, gerenciar um cassino e os negócios que transitavam em seu meio, porém eu viria para NY com o objetivo principal de me formar em direito, eu sabia que ele poderia ter arrumado qualquer um pra sua filha alias ele poderia ter me matado quando descobriu sobre nós mas não o fez, isto me deixa um pouco apreensivo, no final acho que tenho apenas sorte não é? Pois bem aqui estou a um ano na minha faculdade, gerenciando um cassino, minha filha tem um ano e por lembranças do Don essa bala vai direto na sua cabeça. Fica sem graça falar quando a pessoa morre, devia ter esperado você ouvir que ainda vou pegar o seu chefe pelo que fez com meu pai, mas tudo bem! 

Espero que o inferno seja bem quente seu Patzzo!!




Essa é a historia do personagem criado pelo camarada Bruno Gabriel para nossa campanha Trevas. Muito a ser esperado de um mafioso em meio ao caos sublime da grande Nova Iorque nos dias de hoje. 





História de Personagem


Elliot A. Spencer


Elliot nasceu em Nova Jersey em 1955. Seus pais chamam-se Janet e Harry Spencer. Desde que era pequeno, Elliot não era uma criança de muitas palavras, e isso não mudou muito com os anos. Na escola ele era sempre a última escolha em jogos de Queimada. Vivia sempre fugindo dos valentões da escola. Seus amigos podiam ser contados em apenas uma mão. Como não era bom nos esportes e sua aptidão física era bem medíocre, por causa disso Elliot se afundou nos livros e nos estudos. Foi então que descobriu sua verdadeira paixão: A História. Gastava muito tempo de seus dias indo pesquisar nas bibliotecas municipais sobre civilizações antigas, em especial a Suméria. Adorava ler também a respeito das grandes civilizações antigas como os Astecas, Gregos, Romanos... 

Quando entrou na universidade no curso de história, formou-se com honras, sendo um dos melhores de toda a universidade. Depois que se formou, mudou-se para Nova Iorque e conseguiu emprego como professor de história. 

Elliot não é uma pessoa de falar muito em uma roda de amigos, prefere falar apenas o necessário. Não leva muito jeito de falar com as mulheres, em especial as bonitas, elas acabam deixando ele corado. Não gosta de ver violência, pois acredita que tudo pode ser resolvido com palavras ao invés de socos. 

Certa vez, um misterioso homem o procurou perguntando sobre lendas antigas gregas, em especial sobre os licantropos. Elliot explicou o que sabia sobre o assunto e logo depois o estranho foi embora. Desde esse dia, ele o procurou mais duas vezes, sempre querendo saber a respeito de lendas das grandes civilizações do passado. Mais assim como esse homem surgiu, ele desapareceu e nunca mais Elliot voltou a vê-lo.


E com a história do historiador Elliot A. Spencer, personagem criado pelo nosso camarada Ilbermarkson, damos inicio às postagens referentes a campanha "A Grande Mentira" ambientada no cenário de Trevas 3ª Edição.



"... e que a dolorosa escuridão da verdade tenha permissão para iluminar seu caminho ao equilíbrio..."