Os Populares constituem as classes mais baixas dos membros
romanos e dos níveis inferiores do Senado Eterno, unidos no interesse da
sobrevivência. Apesar de o Senado aceitar e proteger os que se encontram no
limite inferior da Estirpe, praticando e oferecendo serviços necessários,
legais e ilegais que as classes superiores também compartilham, porém que não
podem tolerar.
Visão Geral
Os Populares sabem que os bons cidadãos romanos não são os
que terminam abraçados. Os Populares constituem uma miscelânea de todos os
inadequados a governar, os que não possuem motivos para lutar, e os mal
educados nas tradições dos deuses, assim como os que abandonam seus postos em
outras magistraturas, se aprofundando nas obscuridades de Roma com sua desonra.
Sempre há utilidade para um vampiro entre os Populares, supondo que ele está
disposto a realizar o trabalho necessário para sobreviver.
Contrariamente ao que alguns Optimates pensam, os Populares
não são um grupo de rebeldes em potencial. Certo que eles são membros de uma
magistratura que defende uma autêntica manifestação perante uma política
ambiciosa de inclusão criada por Collat, organizada especialmente para
organizar e integrar os elementos dispares dos membros e do Senado Eterno. A
magistratura dos Populares (ou Populus) é uma entidade legal com direitos e privilégios
preestabelecidos, formada tempos depois da criação do Senado Eterno, e os
membros da magistratura podem recorrer a seus representantes no Senado Eterno.
Existem membros do Populus que provavelmente seriam
diferente do que são. Diz-se que os Optimates são entidades idealistas, que
funcionam tão bem pois descarregam sobre os membros do Populus todas as tarefas
mundanas, criminais e desagradáveis que terminam redundando em benefício da
classe superior. Sem assassinos e ladrões para controlar as filas quando se faz
necessário, dizem, o Senado Eterno de partiria ao meio. Sem prostitutas e
gladiadores, os soldados do Senado Eterno não teria nada para escoar seus vícios,
e se voltariam uns contra os outros. As filas dos Populares realizam seu próprio
sistema de controle, perseguindo os vampiros não alienados que conseguem evitar
a pressão do Senado Eterno e os recrutam para o serviço de os destruírem. O
Populus não é um amargurado ou mal-agradecido, que disfruta da ampla tolerância
de seus superiores - estes vampiros sabem que são absolutamente essenciais. Seu
estabelecimento como entidade legal era inevitável, e a conexão entre o Senado
Eterno e o Populus representa uma linha de comunicação necessária entre a
Estirpe de Roma e o resto da população.
Claro que a valia dos Populus é uma questão de Opiniões. Os
membros da magistratura tendem a se valorizar mais que os conservadores
Optimates estão dispostos a admitir, e com frequência surgem conflitos. Os
executores Magistri e Patricios, que representam a linha física de frente nas
lutas, patrulham as salas dos Populus e golpeiam duro sempre que os vampiros de
classes baixas aproveitam de suas liberdades com entusiasmo demasiado. Desta
forma se desenvolveu uma inimizade natural entre os Optimates e Populares,
apesar de violência entre ambos não ser frequente. Tecnicamente os Populares
estão submetidos aos poderes legais do Senado Eterno, porém na realidade,
muitos faram o que puderem para desviar ou atrapalhar investigações do Senado.
As muitas participações do Populus podem não estar de acordo
no todo, porém sabem que podem confiar uns nos outros para se proteger e
compartilhar serviços. Como todos estão unidos pela lei, todos os membros
Populares compreendem que Magistri, Patrícios e Augures os consideram um só
grupo, assim que podem unir-se em questões de interesse mútuo. Membros sem nada
em comum se juntam ao Populus para assegurar sua sobrevivência, e fortalecer o
conjunto do Senado Eterno com seus talentos únicos. Quando são oprimidos, não
há magistratura que possa conseguir recursos tão diversos e aterradores como os
Populares. Quando estão felizes não há nada que rivalize com suas celebrações.
Membros
Todos os vampiros que habitam abaixo do governo do Senado
Eterno porém não são membros oficiais das magistraturas Optimates são, pela
lei, parte do Populus. Um acordo feito para alocar os membros estrangeiros e
povos conquistados, criminosos, artistas, prostitutas, escravos e inválidos.
Quem não consegue encontrar um grupo de indivíduos com mentalidade similar que
se unem ao Populus terminam por se unir em suas habilidades físicas ao Populus.
Os membros dos Optimates que caem em desgraça as vezes
terminam no Populus, apesar de poucos que chegam a magistratura desta forma
conseguem evitar a Morte Final durante muito tempo. Não é fácil cair dos
Magistri ao Populus, e pobre do Magistri desonrado que seja privado de seus
títulos e rechaçado para as garras e punhos dos Populares.
Porém os escorraçados e proscritos não são os únicos
vampiros que terminam entre os Populares. Alguns vampiros desiludidos pelos
Optimates, ou por diferenças filosóficas e morais, decidem descender na
sociedade dos membros, unindo-se ao Populus. Alguns estão contentes com a
decisão, outros mentem arrependidos, sabendo que esta associação provavelmente
será para sempre vista como uma anátema por Roma. De qualquer forma, os que
podem ocultar seu desprezo pelos membros de classe baixa podem desfrutar de uma
existência agradável no Populus, supondo que está disposto a fazer o necessário
para consegui-la.
Os principais clãs que formam o Populus são: Cappadocios,
Gangrel e Toreador, porém também existem significantes minorias Lasombra,
Malkavian e Ventrue, geralmente seguidores da Via Humanitatis. De vez em quando
um membro é excluído da ordem romana e aceito na magistratura dos populares.
Filosofia
Se os diversos grupos dos Populus podem se por de acordo com
a filosofia comum, é esta: quem tem vontade, tem meio para chegar ao poder.
Organizações em uma meritocracia, os Populares permitem uma competição aberta
entre os grupos de clãs diferentes da magistratura, permitindo que quem tenha a
força, a astúcia, o carisma ou a boa sorte podem ascender em função de suas
virtudes. A violência entre membros recebe certa liberdade, criando uma ação em
massa que permite que os fortes sobrevivam.
Isso não quer dizer que todas as fraquezas são destruídas.
Os que estão dispostos a esquecer a ambição se desenvolvem muito bem,
participando de um grupo poderoso e proporcionando pequenos serviços de
proteção. Apenas os que se interessam em ascender, esperam desafios, e apenas
os que conseguem superar os desafios esperem chegar acima.
Os Populares não estão interessados no poder legal, as
outras magistraturas que reclamem isto para sí. A lei, e a opinião da maioria
dos vampiros do Populus são tão efetivas quanto os vampiros que a mantém.
Embora pertençam à magistratura não se
consideram exatamente fora da lei, muitos deles cumprem o mínimo dos decretos
oficiais. esforçando-se para evitar qualquer impedimento para que seus negócios
funcionem com tanta eficiência possível.
Não existiu um porta-voz popular ao Foro para defender os
ideiais dos Populares, até pouco tempo. Os membros Populares creem que qualquer
um pode conseguir respeito e influência, supondo que está disposto a fazer o
que é necessário para consegui-lo. As armadilhas, riquezas e os interesses
estéticos das classes superiores não são nada para os Populares, como um sujo
assassino pode conduzir um exercito assim como um qualquer vestido de toga.
Os vampiros do Populus tem um conhecimento das necessidades
dos menos afortunados, não apenas aos que representam ao Senado, porém ao que o
Senado representa para eles. Mentiras existem em uma organização que governa
legitimamente a disputa. Os membros Populares se esforçam para parecer
submissos, incluindo os que não tem a temer. Nenhuma declaração do Senado
Eterno é desafiada abertamente pelos Populares, nem tão pouco pelos Optimates,
porém cada ato de "liberdade" é feito secretamente, e os Populus,
mais que todos sabem disso.
Apesar que a maioria dos Populares seguem por instinto da
Via Humanitatis, devido a sua conduta moral, alguns seguem outras Vias. Com
esforço e trabalho duro fazem com que alguns Populares ascendam em outras
magistraturas. Porém, alguns Optimates conservadores se dedicam a
"retaliar" a quem tenta se sobressair. Depois da Via Humanitates a
VIa Desideratio lidera as fileiras dos Populares. Os mais devotados dão passos
na Via Luminitatis, muito poucos seguidores da Via Regalis suportam a
existência entre os Populares e geralmente terminam optando pelo honroso
suicídio, ou auto exílio.
Aura
Normalidade: A Via Humanitatis protege aos membros de
parecer estranhos e aterradores perante os mortais. O modificados de aura afeta
as jogadas em ganhar simpatia ou parecer humanos.
Virtudes: Consciência e Autocontrole
Rituais e Práticas
De todas as magistraturas do Senado Eterno, o Populus é o
menos interessado nos detalhes cerimoniais. A maioria de seus membros não se
sentem obrigado em participar dos pomposos ritos da Estirpe de Roma, e poucos
se interessam em manter a imagem de "bons cidadãos" enquanto tentam evitar chamar atenção. De
todas as formas, os Populares têm algumas práticas próprias, que desenvolvem e diversificam
em vários formatos.
Pagamento de Dívidas
Cada membro do Populus se situa em um "grupo"
oficialmente designado, quer queira, quer não. Estes grupos são supervisionados
pelos Tribunos da magistratura, que comunicam as necessidades de seus membros e
às demais magistraturas do Senado Eterno. Alguns dos grupos se encontram
organizados de forma complexa, já outros de maneira simples, aglomerados de
vampiros que podem ser classificados como compatriotas. Podem haver grupos de
Escravos ladrões, ou de Gangrels Gauleses.
Se espera que cada membro de um grupo contribua de alguma
forma com a proteção e fortalecimento de seus associados, sentindo ou não um companheirismo
sincero. Esta contribuição pode consistir em recursos, proporcionar um refúgio
seguro ou ajuda para membros. Muitos Tribunos organizam uma sessão mensal de
nomeamentos com os membros de seus grupos, animando um programa de
contribuições.
A posição dos membros do Populus, depende, em quande parte,
da natureza e frequência de seus contribuintes e campeões. Os que não têm nada
a oferecer não obtém muita estima. Os que sacrificam muito do que têm para
ajudar seus companheiros, por outra parte, possivelmente são vistos com
admiração e honra.
Competições de mérito
Com muita frequência, um grupo do Populus se reunirá para
uma celebração, e seus membros participarão de demonstrações não oficiais de
talento e mérito para entreter a seus compatriotas. Estas reuniões proporcionam
a oportunidade de se reunir com os companheiros do grupo, iniciar (ou
finalizar) transações e conseguir méritos. As técnicas demonstradas nestes
encontros nem sempre são demonstrações literais, especialmente quando se trata
de atividades criminais. Uma assembleia de assassinos é muito provável que haja
uma demonstração de habilidade acrobática e inofensivas batalhas, que não
oferecem uma violência real, enquanto que um grupo de ferreiros possivelmente
se veja uma demonstração de talento artístico e uma competição comparativa. É
possível ganhar posições fazendo uma demonstração impressionante nestas
competições.
Títulos e Deveres
Cada grupo do Populus está organizado de acordo com a
preferência de seus membros. Alguns mostram uma estrutura estratificada
(incluso em alguns casos imitando as formas militares das legiões), enquanto
que outros grupos são simples e de organização superficial.
Existem posições de governo impostas aos Populares pelo
Senado Eterno, e a atuação legal do Populus requer que estas posições são
mantidas e honradas de alguma maneira.
Edils Plebeios
Cada grupo do Populus deve eleger um representante legal,
chamado Edil Plebeio (há diferença entre eles e os Edils Magistri) que é
responsável de intermediar com as demais magistraturas do Senado Eterno e
contabilizar atividades de seu grupo. Se um membro de um grupo comete um crime
contra o Senado Eterno, o Edil deve responder perante o Senado Eterno e ajudar
a perseguir e castigar o vampiro em questão. Se espera que cada Edil conheça os
nomes de todos os membros de seu grupo, e deveria ser capaz de localizar ou
comunicar-se com cada indivíduo se necessário.
Apesar de os Edils terem tecnicamente o poder de excluir
vampiros de seus grupos, a maioria deixam este direito e decisão ao conjunto de
seus companheiros, que habitualmente votam a expulsão de um companheiro.
Um novo vampiro no Populus ganha sua primeira posição sendo
aceito por um grupo. Depois de ganhar esta posição é possível deixar um grupo
(embora fazê-lo provoca uma recriminação dos membros que apoiaram sua entrada)
e procurar pertencer a outro, incluindo criar um novo grupo, convertendo-se
desta forma quase sempre a um Edil. Os vampiros que são os únicos
representantes de um grupo varia em conseguir atrair membros em alguns meses.
Os Edils Plebeios raramente se distinguem visualmente do
resto dos membros de seus grupos. Por isto é necessário conhecer o grupo para
conhecer seu Edil.
Tribunos
Os Tribunos da Plebe em princípio eram apenas um vampiro
eleito pela assembleia dos Edils Plebeios, que falam em nome do Populus nos
assuntos que afetam a magistratura. Normalmente se mantém um por cada família
cliente, Cappadocios, Gangrel e Toreador, que constituem o chamado Triunvirato
Plebeio, porém com o tempo deixaram de representar os clãs e passaram a serem
eleitos, frequentemente sendo ocupados por vampiros com aspirações políticas.
Em efeitos práticos a maioria dos Populares consideram a
posição de Tribuno uma estupidez, coagindo seu portador em objeto das acusações
e manipulações dos Optimates. Não o bastante, a efeitos práticos os Tribunos
dispõem de voz mas não de votos nas assembleias do Senado Eterno.
Opiniões dos Populares
Os Augures: Se agarram aos deuses para compensar suas fraquezas.
Os Magistri: Espadas em frangalhos nas mãos de velhos.
Os Patricios: Os anciões seduzem mulheres, mas são
demasiadamente velhos para fode-las.
Os Populares: Vemos as pedras e ruas desta cidade tão
claramente quanto possível.
Os Peregrini: O Senado nos deixa nas ruas. Somos demais para
compartilhar com estrangeiros.